terça-feira, 7 de julho de 2015

Grécia dá golpe em seus credores e a extrema esquerda brasileira comemora. Por que isso não me surpreende?




Que não há mais a menor possibilidade de diálogo com a extrema esquerda não é novidade para ninguém. Mas a cada dia eles conseguem alcançar novos limites de falta de ética, duplo padrão, cinismo e moralidade deformada enquanto defendem suas depravações.

Por exemplo, se alguém, no Brasil, dentro da lei e seguindo todos os parâmetros constitucionais, estuda a hipótese de impeachment (que o próprio PT apoiou em 1990 contra Collor), ou até mesmo sugere a renúncia da presidente, é tachado de “golpista”. Isto, repito, enquanto alguém propõe ações de oposições estritamente democráticas.

Porém, foi só a Grécia apoiar um golpe em seus credores no referendo deste fim de semana que a mesma extrema esquerda brasileira se encheu de júbilo. Segundo, eles, a Grécia “escolheu o seu destino” ao decidir não cumprir seus acordos com os credores, isto é, darem um golpe efetivo.

Evidentemente, estamos diante de mais uma demonstração do quão invertida é a moral dessa gente. Do lado dos tiranos do estado inchado, todo golpe é santificado. Mas qualquer ação dos adversários da tirania, que for executada dentro dos padrões da lei e da democracia, será chamada de golpe. E ainda toleramos tudo isso sem expô-los como o golpismo esculpido e encarnado.

Em tempo: o novo ministro das finanças da Grécia, Euclid Tsakalotos, parece ter sido escolhido por seu nome. Ideal para um governo que santifica o calote e finge que isso não é motivo de vergonha eterna. Que vergonha para o berço da democracia, hoje transformado em um símbolo da tirania demagógica e golpista.

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