terça-feira, 7 de julho de 2015

A Rede Globo e a engenharia social mais podre do mundo



Sem medo de ser feliz, a emissora da família Marinho resolveu abraçar como nunca o discurso de ódio contra conservadores. No programa do Fantástico deste domingo, 5/7, usaram o tradicional quadro embusteiro onde eles colocam atores contracenando para conseguir alguma reação da plateia.

O truque é essencialmente o seguinte:
1. Um comportamento conservador é escolhido
2. Atores representam a execução deste comportamento conservador, em uma visão exagerada e ridícula
3. Trauseuntes repelem esta atuação conservadora
4. O público é levado a acreditar que todos os conservadores agem exatamente da forma vista em (2)
5. Ao mesmo tempo, o público é induzido a crer que os trauseuntes “cagando regra” em (3) repelem (2)

Nota-se que, para o truque funcionar, todas as posições conservadoras são apresentadas em uma instância da falácia do espantalho.

Sou liberal, e, como tal, defensor do direito de gays estabelecerem união civil e até mesmo adotarem crianças. Pela mesma ética liberal, defendo que os conservadores (e até alguns liberais) possam ter o direito de fazer críticas tanto à união civil de gays como à adoção de crianças.

Há razões para que algumas pessoas heterossexuais critiquem este comportamento homossexual. Por exemplo, crianças são normalmente adotadas por casais heterossexuais, em geral, para preencher um vazio. Na maioria das vezes, isto ocorre porque a mulher não conseguiu ter um filho pelos meios naturais. O homem, por sua vez, quer apenas passar seus genes para a frente, portanto não teria nenhum interesse instintivo por adoção. Isto não é nada mais que a psicologia evolutiva. A adoção de uma criança, por um homem casado, no máximo é uma concessão à sua mulher, pois nenhum gene seu estará sendo transmitido. Decerto tal orquestração psicológica é feita para aumentar o potencial de um casal proteger sua própria prole.

O fato é que achar estranho ver dois gays (homens) adotando uma criança não implica em alguém ser preconceituoso. Ao contrário, é uma reação normal esperada de qualquer pessoa que tenha estudado a psicologia evolutiva e as orquestrações não apenas daquilo que os heterossexuais gostam ou se acostumam a gostar, como também daquilo que tendem a não gostar ou ao menos achar estranho. É claro que alguém possa conhecer psicologia evolutiva e dizer para si próprio: “Sei que acho estranho ver dois homens adotando uma criança, mas, em público, sempre agirei como se isso fosse normal”. Em geral é apenas fingimento.

A Rede Globo não entende assim. Para ela, qualquer pessoa que manifeste uma sensação normalíssima, mas não aderente ao politicamente correto, merece ser objeto de demonização. Uma prova disso é que a maioria dos heterossexuais efetivamente acha estranho ver uma criança ser adotada por dois gays. Porém, praticamente nenhuma dessas pessoas faz escândalo e baixaria, “cagando regra” para cima dos gays que tenham adotado uma criança. Se isto não é comum, por que a emissora fingiu sê-lo?

Eles agiram assim pois sabem que podem praticar instâncias monstruosas de engenharia social e discriminação inaceitável contra a maioria dos heterossexuais, sempre em nome do politicamente correto, que os habilita a tal violência ética. Justiça seria feita se sofressem boicote, pois, neste domingo, todos os heterossexuais que discordam da adoção de crianças por gays, mas jamais praticaram coação psicológica contra quem os adotou, foram vítimas de um preconceito inacreditável e inaceitável. Transformar a discordância conservadora diante da adoção de crianças em gritaria e baixaria é uma desonestidade intelectual tão grande quanto aquela que alguns conservadores praticam ao dizer que o homossexualismo deriva em pedofilia. Entretanto, a Rede Globo está sendo aqui questionada por ter endossado primeiro truque, não o segundo.

Que “ética” é essa que depende de discurso de ódio contra pessoas conservadoras que apenas exercem seu direito de ter uma opinião em relação à adoção de crianças?

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